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Aylan Kurdi.

Para falarmos sobre a data que o calendário mundial celebra hoje é impossível deixar este nome de lado.

Neste 20 de junho, o planeta rende homenagem aos refugiados, uma “categoria” de habitantes do planeta que sempre existiu, mas que – com os conflitos no Oriente Médio – ganhou novos contornos e tornou-se pauta emergencial a ser discutida por todos os governos do mundo, especialmente aqueles que integram o continente europeu.

E “celebrar” não é exatamente o verbo mais adequado para falarmos a respeito da data.

“Refletir” cabe melhor.

Hoje é um dia para que todos reflitam a respeito da causa dos refugiados, grupos que aparecem em número cada vez maior, produto da insanidade humana. O que eles procuram, ao deixar tudo para trás, são condições mínimas de vida digna. Fogem da morte.
 
Mas, muitas vezes, é exatamente com ela que encontram pelo caminho.

Aylan Kurdi era o nome do menino sírio-curdo, de 3 anos, que morreu afogado durante a viagem da Turquia para a Grécia e se transformou em um símbolo da tragédia dos refugiados.

A imagem do pequeno corpo, já sem vida, devolvido à terra pelo mar, por muito tempo ficará na memória coletiva, como mais uma das muitas vergonhas que mancham a ocupação do planeta pela Humanidade.
Aylan era mais um dos inúmeros que – por sofrerem perseguição em seu lugar de origem – são obrigados a fugir de seus países, muitas vezes apenas com a roupa do corpo e alguns poucos itens que atestam/resguardam a existência (que é tudo o que a vida nômade permite transportar).

Os motivos para a perseguição podem ser variados: etnia, naturalidade, religião, opinião política, grupo social e etc.

Nenhum tem qualquer nexo, todos são uma afronta, um desrespeito à condição humana que – incontestavelmente – perseguidores e perseguidos compartilham.

A data no anuário mundial tem por objetivo discutir – com a sociedade e os governos – os conceitos de solidariedade, respeito e responsabilidade que as nações devem ter com os povos refugiados.

E você, já pensou – detidamente – sobre a causa desses expatriados que só querem ter condições mínimas para reconstruir a vida?

Críticos os acusam de perturbação da ordem. Mas não terá o transtorno a assinatura de quem os expulsou de casa? Já imaginou o que é deter a condição de degredado?

Degredado. Não sabe o que significa? Pesquise....e se assuste – em pleno 2017 – com o que vai ler.

Para pensar.
 
[Fonte: https://www.calendarr.com]


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