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Pandemia em curso, curva de contágio que não baixa e muita gente sofrendo com um problema que, para muitos, pode parece “menor”, mas não é: o surgimento do tédio.

Evidente que – comparado a contágio galopante, desemprego e mortes – o fato de, uma vez restrito ao ambiente de casa, o indivíduo ver-se voltas com a incapacidade de preencher as horas do dia, pode – de cara – soar até como ofensa, mas especialistas afirmam: o tédio pode levar a alguns problemas bastante reais.

Sim! Pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, e da Universidade Duke, nos EUA, descobriram que pessoas propensas ao tédio têm mais chance de desrespeitar as regras 

de distanciamento social e realizar reuniões sociais.

Estaria aí a resposta para as milhares de festas clandestinas descobertas pela polícia Brasil afora? Seriam milhares de entediados buscando alívio para a angústia de não saber preencher as horas dos dias sozinhos?

Não é possível afirmar quantas – exatamente – são as pessoas ao redor do mundo que estão sofrendo de tédio, mas, na Itália, uma pesquisa com 3,5 mil pessoas em lockdown revelou que o tédio era um dos efeitos psicológicos negativos mais comuns informados como consequência da quarentena.

É fato, o tédio é um estado emocional muito particular. É quando a insatisfação com o mundo ao redor toma conta e o desinteresse pela atividade disponível –  seja ela trabalho, um livro ou uma partida de videogame – “grita”. 

É bastante desconfortável.

E como lidar com isso?

Pesquisadores recomendam: em vez de ficar frustrado (a) ou usar o tédio justificar um comportamento imprudente (como o de ir buscar diversão em aglomerações bem no meio de uma pandemia), vale prestar atenção para descobrir a razão de o cérebro estar tão insatisfeito e, enfim, usar essa informação para orientar escolhas.

Respirar fuuuundooo e acalmar a mente também é boa saída. Pode acreditar, há satisfação e muito significado para serem descobertos ainda que não seja possível estar com os amigos e com a família.


[Fonte: www.bbc.com]

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