E estamos finalizando setembro. Outubro está – como se diz por aí – à porta.
No começo do mês que vai finalizando teríamos a conclusão dos Jogos Paralímpicos de 2020.
Teríamos.
A pandemia da Covid-19 obrigou o Comitê Olímpico Internacional (COI) a adiar os jogos para 2021.
Tal atitude foi mais do que conveniente, já que manter uma alimentação saudável e seguir uma rotina regrada – em se tratando de atletas paralímpicos – não é garantia de munidade em relação ao novo coronavírus.
Tais desportistas, muitas vezes, já apresentam outros problemas de saúde, o que faz com que a presença do novo coronavírus agrave a situação.
Em março passado, quando a pandemia recém havia chegado ao Brasil, Eliane Corrêa, atleta do tênis de mesa paralímpico, morreu com suspeita de estar contaminada.
Eliane – que apresentava todos os sintomas da doença (inclusive sérios problemas respiratórios) – estava internada no andar em que ficam os pacientes suspeitos de infecção pela Covid-19.
Professora da rede municipal, em São Paulo, a atleta – que era mesatenista na classe 4, para cadeirantes – foi atendida no Hospital do Servidor Público.
Na ocasião, o hospital não se pronunciou quando perguntado sobre a causa da morte da atleta, porém, a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa informou que os médicos que prestaram o primeiro atendimento a Eliane, diagnosticaram a presença da doença.
Por essa e por outras, a decisão de adiar os Jogos Paralímpicos – assim como os Olímpicos – para 2021 foi a mais acertada.
A vida dos atletas em primeiro lugar. As medalhas podem esperar mais um pouco.
[Fonte: Veja.com.br]