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Onze de março de 2020. A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarava situação de pandemia para a disseminação do coronavírus que, àquela altura, já tinha se espalhado pelo planeta.

Foi quando nos deparamos com uma palavra que, de lá para cá, vem sendo repetida todos os dias: pandemia.

"Pandemia não é uma palavra para ser usada de maneira leve ou descuidada. É um verbete que, se usado incorretamente, pode causar medo irracional ou aceitação injustificada de que a luta acabou, levando a sofrimento e morte desnecessários", disse, àquela época, Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.

Pois bem, estamos em maio de 2020 e, se quando a pandemia foi declarada eram 4 mil mortos no mundo, hoje, apenas dois meses depois, são quase 300 mil as vítimas fatais da covid-19 no planeta.

A explicação para tamanho aumento está na forma como um vírus – uma pequena coleção de proteínas e material genético – se propaga. Quando pessoas tossem ou espirram vírus são transmitidos entre elas ou por meio de substâncias infectadas, como muco. Esta, por exemplo, é a transmissão da gripe.

No caso da Covid-19, o recurso adotado por diversos governos em um esforço para evitar a rápida disseminação do vírus foi o isolamento social.

Mas voltando a falar da pandemia, além dessa palavra, passamos a ouvir muito – também – outras duas: endemia e epidemia.

Qual a diferença entre elas, afinal?

Rosalind Eggo, especialista acadêmica em doenças infecciosas da Escola de Higiene e Medicina Tropical de Londres, explicou.

 "A infecção endêmica está presente em uma área permanentemente, o tempo todo, durante anos e anos", disse a especialista.

Já a epidemia é "um aumento nos casos, seguido por um pico e depois uma diminuição".

Por fim, pandemia é o que estamos vivendo, uma epidemia que ocorre "ao redor do mundo, aproximadamente, ao mesmo tempo".

Lá em março, diante da declaração da OMS, foi perguntado à pesquisadora se achava que o mundo estava preparado para reagir a uma pandemia.

Qual foi a resposta dela?

“O mundo está mais preparado do que nunca. E cientistas, países, agências de saúde pública, como a OMS, trabalham em estreita colaboração para garantir que estejamos o mais preparados possível”, disse Eggo.

Dois meses e quase trezentos mil mortos depois, pesquisadores do mundo inteiro seguem correndo contra o tempo em busca de uma vacina para a Covid-19.


[Fonte: G1 // Bem Estar]


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