Em tempos de covid-19 e confinamento, o isolamento social faz com que a carência dos encontros, abraços e beijos seja aplacada com os recursos tecnológicos.
A videoconferência é um deles. Neste cenário, despontou o aplicativo Zoom, muito útil para mitigar a saudade das pessoas queridas, mas, também, muito usado para reuniões de trabalho.
Pois é, mas a ferramenta nem bem ganhou os holofotes e já foi banida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), um dos órgãos públicos na linha de frente do combate à pandemia do novo coronavírus.
Motivo? Falhas de segurança.
Pode ser que você ainda não tenha ouvido falar desse aplicativo (pode apostar, é só questão de tempo), mas, nós, da ISO, vamos te contar do que se trata.
Zoom é uma plataforma que vem ganhando popularidade desde o início da pandemia por conta de seu serviço de videoconferência. Funciona gratuitamente por um período limitado (40 minutos) e sem prazo para quem assina um pacote.
Quem alertou a Anvisa sobre a brecha nas defesas do recurso foi a área de tecnologia da agência.
Os respectivos profissionais tiveram contato com análises de especialistas em segurança cibernética em fóruns internacionais e ficaram a par de falhas graves de segurança no recurso Zoom meeting.
O problema está no fato de que – em tempos de mundo de perna pro ar por conta de uma pandemia e de, digamos, “segredos de estado” terem de ser partilhados à distância – tais vulnerabilidades podem, perfeitamente, ser exploradas por invasores, já que estes podem conseguir acesso à câmera e ao microfone de usuários (logo, aos conteúdos das reuniões realizadas por meio deste recurso).
E não se trata de delírio ou excesso de zelo. O próprio diretor executivo da empresa responsável pelo Zoom Meeting, Eric Yuan, reconheceu as falhas.
Ele disse que sua equipe está buscando adotar medidas para qualificar a estrutura de segurança do programa.
O executivo justificou que – diante do aumento exponencial da base de usuários – não houve tempo para que a companhia assegurasse mecanismos adequados de segurança.
Vamos combinar que nem daria mesmo, de dezembro a abril, contou Yuan, o número de pessoas utilizando o recurso ao redor do planeta pulou de 10 milhões para 200 milhões.
Entre as falhas de segurança encontradas no Zoom Meeting estava o repasse de dados dos seus usuários para o Facebook, mesmo quando estes não tinham conta na rede social.
Grave!
Dá para entender o porquê de a Anvisa ter proibido o uso interno do app Zoom, não?
[Fonte: Agência Brasil]