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Quantas vezes, nos últimos meses, você ouviu alertas – na mídia em geral – apontando para os perigos das mudanças climáticas? E quantas outras vezes assistiu, atônito (a) – informado (a) pela mesma mídia – aos resultados da “fúria da natureza”, mundo afora?

Apostamos que você respondeu um “muitas vezes” aí.

Nem poderia deixar de ser.

Há quem ache que é puro papo furado e defenda que a natureza – por mais que sofra com as investidas do ser humano – em algum momento responderá e recobrará seu esplendor e vigor, mas a verdade é que a Ciência já provou: se medidas drásticas não forem tomadas, em dez anos poderemos enfrentar um dano irreversível do mundo natural.

E isso significaria o colapso de nossas sociedades.

Não somos nós que estamos dizendo.

O alerta vem do britânico David Attenborough, famoso naturalista que resumiu dessa forma, em um recente documentário da BBC (“Mudança Climática: Os Fatos”), as ameaças decorrentes do aquecimento global.

Mas como, afinal, podemos definir “mudanças climáticas”? O que são elas?

O que chamamos de alterações no clima inclui temperatura, intensidade das chuvas e eventos climáticos extremos, como furacões e ondas de calor.

O clima na Terra muda, ao longo do tempo, com regularidade. A temperatura média global, hoje em dia, é de 15ºC.  E pesquisas geológicas já indicaram que essa atmosfera já foi, no passado, bem mais alta e bem mais baixa.

Para que você entenda bem o impacto dessa variação de clima, Michael Mann – professor da Universidade Estadual da Pensilvânia – explica que, como exemplos desta realidade dos nossos tempos, pode-se listar a intensificação das chuvas, uma maior frequência de furacões e ondas de calor devastadoras.

O pior é que muitos são – como já dissemos acima – os que defendem a corrente de que a natureza sempre se restabelece e “retoma o seu lugar”. Não é bem assim. Aliás, não é assim. 

Cientistas alertam que o ponto em que a situação não terá mais volta existe, sim, e – se não cuidarmos adequadamente do planeta em que vivemos – não está tão distante como se pode pensar. Na situação em questão, as mudanças climáticas ultrapassariam o nível limítrofe em que seria muito mais difícil detê-las ou revertê-las.

E, se atingirmos tal ponto – dizem os mesmos cientistas – independente das ações que tomarmos, por exemplo, para reduzir a emissão de gases do efeito estufa, o processo se agravaria por sua própria dinâmica interna.

Ou seja, fim de linha para a Humanidade. Algo como “game over”.

Catastrofismo exagerado?

Nada disso! É bem real, viu?


[Fonte: BBC.com]


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