Analfabetismo adulto ainda é uma realidade bastante incômoda no Brasil
Dos anos 80 para cá, a taxa correspondente àqueles que não dominam as letras vem caindo, porém, muito mais pelo crescimento do número de crianças que ingressam nas séries iniciais do Ensino Fundamental do que, propriamente, pela efetividade dos programas voltados para jovens e adultos desenvolvidos ao longo das últimas décadas.
De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios(PNAD) – disponíveis no Observatório do Plano Nacional de Educação (OPNE) – entre 2011 e 2015 houve uma discreta redução do percentual de analfabetos absolutos no País (passou de 8,6% para 8%), porém, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA) que, desde 2003, vem oferecendo cursos de alfabetização para jovens e adultos, não está se mostrando efetivo para reduzir o analfabetismo funcional.
Existem – ainda segundo dados oficiais – grandes dissensões no recorte regional e por faixa etária. Enquanto Alagoas apresentou taxa de analfabetismo de 20%, Rio de Janeiro e Distrito Federal contavam com apenas 3% da população acima de 15 anos analfabeta. Já a região Nordeste apresentava taxa de 16,2% contra 4,1% registrado no sul do País.
Muitas das dificuldades são decorrentes dos entraves enfrentados pelo programa, que precisa – permanentemente – de investimentos mais efetivos na formação de educadores e nos processos de avaliação dos resultados obtidos.
Dois anos atrás, por conta da crise econômica que se abateu sobre o país, o PBA assistiu à redução dos recursos e vagas que, até então, eram destinados ao programa. Isso fez com que o Brasil ficasse ainda distante da perspectiva de cumprir a meta 9 do Plano Nacional de Educação (PNE).
Se você não é da área de Educação e não sabe do que se trata, eis o texto do referido item: “Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e, até o final da vigência deste PNE, erradicar o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.
[Fonte: Estadão.com //.Edu]